TECHNICOLOR: QUANDO AS CORES VIVAS CHEGARAM AO CINEMA!

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       O cinema, criado em 1895 pelos irmãos LUMIÈRE, no início era em preto e branco e mudo. Com sua evolução, chegou um momento em que faltava um ingrediente, para a magia ser completa: AS CORES. Até a década de 20, o tingimento das películas era feito à mão, e se usava o sépia ( aquela cor marrom-dourado dos filmes antigos ), o verde e o azul para enfeitar os filmes. Em seguida, o cinema ganhou som, e os experimentos para filmar em cores se intensificaram. No início, as tentativas se fizeram por meio do emprego de filmes coloridos, e cada cena era filmada duas ou mais vezes, cada vez com filtro de uma cor, ou por várias câmeras ao mesmo tempo, uma com cada filtro. Finalmente na década de 30, surge a empresa TECHNICOLOR, lançando um tipo de película que filmava três cores, juntamente com uma câmera de três elementos, que dava maior realismo às produções. Uma prova de que finalmente a tecnologia estava dominada, foi quando o fundador da TECHNICOLOR, HERBERT T.KALMUS, procurou ninguém menos que o gênio dos quadrinhos, WALT DISNEY, em 1936, e ele aceitou fazer um teste. BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES, foi o primeiro desenho animado colorido, produzido por este sistema. O primeiro filme lançado comercialmente foi, VAIDADE E BELEZA, de ROUBEN MAMOULIAN, em 1935.

A LENDÁRIA ESTRELA DE HOLLYWOOD, MARY PICKFORD, EM UMA CENA DE FILME ANTIGO, NA COR SÉPIA - PHOTO: Pixabay

      No pós-guerra, quando apareceu a TV, o cinema se sentiu ameaçado. Para não perder a platéia, aumentou o tamanho das telas, e abusou das cores vivas nos musicais, com CARMEN MIRANDA, FRED ASTAIRE  e GENE KELLY. ( A TV, só ganharia cores em 1966 nos EUA, e em 1972 no Brasil ). A beleza das estrelas, agora podia ser vista integralmente: Louras, ruivas e morenas, e a indústria de cosméticos WELLA lançou no mercado o primeiro creme colorante  do mundo, o KOLESTON, e foram vendidos em todo o mundo, cinco milhões de tubos do produto. Todas as mulheres desejavam ter  nos cabelos, as cores que as  divas das telas exibiam. Tudo era motivo para grandes filmagens, e cidades como Nova York, Roma e Paris, se transformaram em cenários para as histórias, e o cinema sem querer, se tornou um verdadeiro agente de turismo, divulgando em cores, as belezas mundiais.
     ELVIS PRESLEY e seus musicais no Havaí, seriam os mesmos sem as cores? E a beleza de estrelas como MARILYN MONROE, BRIGITTE BARDOT, e ELIZABETH TAYLOR, e seus olhos azuis-violeta em P&B? E os westerns com JOHN WAYNE? A saga de Scarlet O' Hara em ...E O VENTO LEVOU? Certamente, faltaria algo.
       Até a década de 60, mais da metade das produções eram em cores, e em 1980 quase 100% dos filmes eram coloridos. Apesar desta overdose de cores, muitos clássicos em P&B continuam fascinando o público, mas aos poucos vão sendo colorizados, como o eterno CASABLANCA, que pode ser visto nas duas versões: O original em P&B, e o colorizado por computador.

 EM 1939, VIVIEN LEIGH, DEPOIS DE MUITOS TESTES, MOSTROU TODA SUA BELEZA EM  TECHNICOLOR, NO CLÁSSICO, ...E O VENTO LEVOU ( Gone with the wind ) - AUTHOR: Trailer Screenshot / Public Domain